segunda-feira, 7 de setembro de 2009


Como primeiro post, decidi escrever sobre algo que me agrada bastante: o Surrealismo. Pra quem não sabe, é um movimento artístico vanguardista que teve início na França e pretendia superar a realidade fragmentária apresentada pela nossa lógica, moral e estética, para assim, chegar a uma realidade superior. O surrealista deseja acabar com aquilo que é convencional e fazer surgir a parte do homem que menos se expressa, o subconsciente.
A arte surrealista deve se desprender da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, expressando o inconsciente e os sonhos, que segundo Freud (o pai da psicanálise), são a realização dos desejos que ficam presas no subconsciente de cada um.
Existem vários artistas surrealistas muito bons, tanto pintores quanto poetas - ou ambos - porém, meu preferido é René Magritte. Esse quadro do post foi ele que pintou, ''The Lovers" (os amantes) .
O que me apaixona nas pinturas de Magritte, são as -obviamente- críticas que ele faz, não só á sociedade como um todo, mas também á diferentes camadas da população separadamente, que ficam sutilmente implícitas e sugerem um estudo mais profundo de suas obras.
Olhando para este quadro, eu penso que Magritte quis expressar a idéia de que as pessoas se relacionam e chegam na intimidade uma da outra sem, nem ao menos, se conhecerem de verdade. Ou até, como uma segunda interpretação, uma alusão á aquela frase clássica ''o amor é cego'', em que
as pessoas amam nao aquilo que é possível ver ou tocar (a beleza e o físico), mas aquilo que é plausível ao sentimento, aquilo que é essencial á vida, mas invisível aos olhos.
Juro que eu preferia ficar com a segunda interpretação, mas não acho que é o que acontece nos dias de hoje, muito pelo contrário. As pessoas se preocupam muito com o exterior e não se deixam levar pelo que realmente importa: o que as pessoas são por dentro; porque eu acho sinceramente, que o que as pessoas são por fora, não reflete naquilo que elas são por dentro, e em muitas vezes o que acontece é exatamente o oposto, como diria minha avó: 'por fora bela viola, por dentro pão bolorento' . Arcaico, porém verdade. ^^

Obrigada a todos aqueles que leram, vou continuar postando sempre que der. Espero que gostem, xoxo.

Bá G.